segunda-feira, 30 de maio de 2011

Rei Mandume Ya Ndemufayo


Retrato de Mandume Ya Ndemuyafo
- . -.1892 - 06.02.1917

São passados 93 anos desde a morte em combate, a 6 de Fevereiro de 1917, na Embala de Oihole, sudoeste de Namacunde, do rei Mandume Yandeumufayo. Nascido em 1892, na localidade de Embulunganga, no Kwanhama, filho de Ndemufayo e de Ndapona, Mandume subiu ao trono aos 20 anos, e reinou entre 1911 e 1917 no século XX, como chefe supremo da tribo Kwanhama. Era um homem inteligente e corajoso e decidiu pôr fim à vida.
Apenas tolerava nas suas terras missões protestantes alemãs que o instruíram na língua, na escrita e na religião. Dizia ele “que todos os brancos que não sejam padres e estiverem dentro do meu território devem ser mortos”. E para provar a sua ordem mandou matar um cidadão português, a mulher e os amigos que o acompanhavam.
Em Agosto de 1915, Mandume perde a batalha da Môngua e abandona Ondjiva, sede do reino. Incitado pelos ingleses, foge para Oihole na fronteira com a Namíbia, presta vassalagem à majestade britânica e constrói nova embala sob domínio inglês, já que só mais tarde Namacunde integrou território português. Mandume desenvolve actividades nos domínios ocupados pelos portugueses, incitando as suas tropas à revolta. Um ano depois dirige fortes combates no Kwanhama, tentando reconquistar o reino perdido. As autoridades portuguesas pedem aos ingleses que ponham fim às actividades de Mandume.
A 30 de Outubro de 1916, aniquila as forcas portuguesas comandada pelo tenente general Raul de Andrade, e recusa-se a ir a Windhock, Namíbia conferenciar com os ingleses a quem teria dito “que venham ao Oihole se quiserem” e deixou um aviso:
“se os ingleses me querem, podem vir apanhar-me. Não dispararei o primeiro tiro, mas não sou um touro do mato. Sou homem, não uma mulher, combaterei até ao último cartucho”.



Última batalha

Mandume travou violentos combates entre as localidades de Namacunde e Oihole, mas os ingleses contornam a operação. Kalola, um subordinado, vigiava o norte. Uma força portuguesa entrou em acção. Pelo sul, em Ondangua, os ingleses lutavam com pequenas forças de Mandume. O soba do Kwanhama, com 600 homens da sua guarda pessoal, enfrenta o último combate.
Os ingleses afirmaram que o rei foi atingido por quatro balas de metralhadora. Já ferido, Mandume é retirado pelos seus subordinados, lengas e filhos do seu primo Weyulo, para debaixo do embondeiro onde veio a suicidar-se com a baioneta de uma espingarda Mauser.
Antes de se suicidar virou-se para os filhos do falecido soba Weyulo e perguntou-lhes se preferiam ser lacaios dos portugueses ou morrer com ele. Eles optaram pela morte. Mandume levou a espingarda e matou-os. O soba tinha prometido ao ser antecessor Nande: “se o governo português quiser vir ocupar a minha terra, resistirei enquanto tiver um cartucho e um soldado capazes de atirar e se for vencido suicidar-me-ei…”.

Cabeça do rei


Até ao momento desconhece-se o destino da cabeça do rei. Os portugueses dizem que encontraram o corpo decapitado. Hoje a embala do Oihole é um lugar histórico e condigno ao homem que foi senhor de um grande reino e que combateu com valentia contra o general português Pereira D’Eça. Visitar o Oihole é conhecer a história do país, as inúmeras vicissitudes que o povo ambó viveu durante as guerras de ocupação colonial, a resistência e determinação dos chefes tradicionais.
Em Oihole está presente o memorial do Rei Mandume Yandemufayo, uma das figuras incontornáveis quando o assunto é a luta de resistência à ocupação colonial no território do Cunene. O monumento foi construído para homenagear a figura do soberano, o povo ambó e os anónimos que ofereceram uma grande resistência à ocupação colonial na região. 
Situado a 45 quilómetros da cidade de Ondjiva o memorial foi erguido na localidade onde o rei perdeu a batalha frente aos ingleses e portugueses.  
Actualmente o complexo carece de obras de melhoramento. Os trabalhos de reabilitação  estão paralisados há um ano.
Segundo o director provincial da Cultura, Celestino Vicente, a paralização das obras deveu-se a problemas financeiros. “O complexo do Oihole estava a receber algumas obras de melhoramento e ampliação, mas foram interrompidas e neste momento o Governo Provincial está a fazer tudo para recomeçar os trabalhos”, salientou Celestino Vicente.A reabilitação prevê arranjos profundos na campa de Mandume o aumento da área residencial com mais quartos, a construção de uma biblioteca, um museu e uma piscina.
Paralelamente às obras vai ser colocada uma estátua de Mandume num dos pontos da cidade de Ondjiva, precisamente no local onde era a sua ombala.
  Dentro do programa do 6 de Fevereiro foram concebidas actividades relativas à divulgação dos feitos do rei Mandume. Foram agendadas uma exposição documental sobre Mandume, que vai estar presente no átrio do Governo Provincial durante duas semanas, com o título “Mandume e a diplomacia”.




 

 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Discurso do Presidente sob o total apoio em o Homem ir a Lua

Faz hoje 50 anos que John F. Kennedy fez o discurso no Congresso Americano, tomando assim a decisão de ir à Lua.
A 25 de Maio de 1961, JFK disse:
“Acredito que devemos ir à Lua.”
“Em primeiro lugar, acredito que esta nação deve dar tudo para atingir o objectivo, antes desta década acabar, de pousar um homem na Lua e retorná-lo com segurança à Terra”
“Temos que liderar em termos espaciais. O conhecimento espacial pode ser a chave para o nosso futuro na Terra.”

Esta Foto foi tirada no dia 25 de Maio de 1961 em o Presidente John Kennedy aprovava de forma inescusável a idéia de o homem ir à Lua
e mais em baixo temos um vídeo onde O Presidente faz o seu Discurso no Senado em Washington  

sábado, 14 de maio de 2011

A Paz no mundo



Estudiosos proeminentes da religião islâmica avisaram que «a sobrevivência do mundo está em perigo» se os muçulmanos e os católicos não tiverem um ambiente de paz entre eles. Numa carta «aberta» sem paralelo na história, 138 líderes estudiosos do Islão pediram aos líderes católicos para «haver uma aproximação das duas religiões para encontrarem os seus pontos comuns».

Na carta pode-se ler que «encontrar esse ponto comum não é apenas uma maneira politica de encontrar um dialogo ecunémico, mas porque as religiões católicas e islâmicas detêm entre elas 55% da população, o que faz as relações entre as duas comunidades um factor contributivo para a paz no mundo. Se muçulmanos e católicos não estiverem em paz, o mundo não estará em paz».

Alguns pontos rápidos em relação a esta iniciativa dos ?estudiosos? do Islão

1. Para quem procura a paz, o silêncio dos mulás aquando dos consecutivos ataques terroristas feitos em nome do Islão, não é coerente.
2. Para quem procura a paz, não pode ter um regime teocrático como o Irão à procura de ter a capacidade de produzir um arsenal nuclear.
3. Para quem procura a paz, não pode estar sistemática a boicotar acções internacionais para resolver a questão palestina - israelita (e o mesmo para os fundamentalistas sionistas)
4. Para quem quer paz, não pode oprimir os seus próprios cidadãos, com penas de morte para a apostasia, ou opressão das mulheres e das minorias.

Quanto ao que é mais importante: mais uma vez temos os líderes religiosos a acharem-se como os salvadores de serviço da raça humana. Não só a maior parte das tensões mundiais têm fundamentos religiosos (Pakistão-India, Xiitas e Sunitas no Iraque, Muçulmanos e Católicos na ex-Jugoslávia, Moderados e extremistas religiosos no Maghreb, católicos ortodoxos e muçulmanos na Tchetchenia , tribalismo religioso em Africa, catolicismo e protestantismo na Irlanda do Norte, etc etc), é difícil acreditar que há vontade de se entenderem.

Claro que é de louvar que tentem se entender. A acção destrutiva da religião tende a ser cada vez pior se não for controlada. Mas não serão os líderes religiosos que o farão. Tem de ser as forças seculares a forçar esse processo: com uma ajuda à emancipação de religiosos que tenham dúvidas nas razões para ter fé, com a tentativa de haver uma maior abertura dos países muçulmanos ao ocidente, com um controlo do colonatos judaicos em Gaza, com a progressiva perda de influência da igreja católica nos corredores de poder da Europa ou dos evangelistas cristãos em Washington. Porque uma coisa é verdade, nós os ateus, nós os defensores de sociedades seculares, estamos igualmente nas mãos destas «mudanças de humor» religiosas.

O Fim do Mundo do filme 2012

Esta história de filmes de ficção científica que passam a ser tratados como se fossem realidade, já passou dos limites. A gente nem bem ...