Antes de eu começar a falar sobre o que é uma badalada, primeiro, eu vou
mostrar de forma conjugada, o que esta palavra significa.
Apesar da origem etimológica do
termo (lat. ballare), a investigação disponível aponta não para a Roma
antiga como o espaço e o tempo originais da invenção, do cultivo ou de um
particular florescimento do género, mas antes para a Baixa Idade Média
europeia, se bem que um dos problemas tradicionalmente levantados por qualquer
tentativa de definição ou caracterização da balada seja precisamente o da sua
datação de modo tão preciso ou rigoroso quanto possível. Do mesmo modo, embora
a sobrevivência do latim, como língua franca, à queda do Império Romano do
Ocidente (476) tenha logrado reforçar o seu lugar e estatuto matriciais na
génese das línguas românicas modernas, cremos ser de evitar qualquer associação
exclusivista ou preferencial da balada — e da poesia tradicional popular em
geral — com o mundo românico, dada a importância adquirida por esse tipo de
poesia nas civilizações germânica, eslava e escandinava, entre outras,
assumindo-se simultaneamente como veículo, repositório e memória de patrimónios
históricos, lendários e mitológicos. De resto, como nota António Coimbra
Martins, reportando-se ao espaço ibérico (in J. do Prado Coelho (dir.), 1987,
I, p. 85), a forma privilegiada pela poesia popular não era sequer a balada,
mas o romance, geralmente em verso, responsável pela cunhagem do termo romanceiro.
ba.la.da sf. 1.Poema narrativo de tema lendário e caráter
melancólico. 2. Peça musical para piano, cultivada pelos compositores
românticos (Chopin, Listz, etc.). 3. Pop. Canção romântica, para dançar.
Ximenes, Sérgio.
Minidicionário Ediouro. 5ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
Ahñ??? Alguém por acaso conhece estas definições para as melhores madrugadas da vida de um jovem? Piano? Canção romântica?
Francamente, a coisa mais romântica que toca na balada é Shakira. Chopin?
Bom, a coisa
mais próxima é Metalica...
Hoje demos à palavra um novo sentido, que diga-se de passagem é bem mais interessante. A balada é uma etapa importante para a vida do jovem. Minha avó se não estivesse doente diria que estamos perversos: “Onde já se viu, essas meninas soltas pela rua, de madrugada, com sainhas curtinhas? E esses rapazes bebendo como mortos de sede no deserto?? Esse mundo está mesmo perdido...”
Balada dá a esperteza que precisamos para estarmos mergulhados neste mundo às avessas. O que seria de nós sem os beijos noturnos, sem os abraços quentes, sem as músicas estourando os tímpanos?
É na balada que descarregamos nossos cansaços, nossos desgostos, nossa falta de bom senso. Na madrugada fria nos aquecemos e na quente pegamos fogo. É o nosso momento mais jovem. Como o mundo está em constante transformação, estamos ganhando responsabilidades cada vez mais cedo, temos uma vida de pseudoadultos e não de jovens. Descontrair para nos tornarmos normais, para sermos jovens de fato.
Você já parou para observar como um jovem que não vai às baladas é um ser a parte do mundo? Ele simplesmente não pode ser considerado normal, deve ouvir Nelson Ned e Angela Maria e ler Sabrina antes de dormir. É o tipo de gente que vê gnomos e morre de medo de bruxas. É um ser quase sempre excluído, o laranja da turma, o zé-tontão. E a primeira balada de alguém assim é uma perdição. Eles querem beber de tudo, dançar com todo mundo e catar qualquer coisa, só para acordar dizendo que beijou na boca.
Estar na balada é bem mais do que sair para se divertir. É curtir os amigos, conhecer pessoas, esbarrar no amor, ser livre por um instante fazendo algo que agrade, deixar a música levar o corpo para um estágio de prazer. O que nunca pode faltar é alegria e responsabilidade. Um bom baladeiro tem direitos e deveres, e deve exigir e cumprir todos eles.·
Você não pode achar que a pista é um ringue e sair se achando o Popó, batendo em todo mundo. Deve ser responsável o bastante para curtir a noite com respeito a si próprio, preservando a sua vida antes do uso de drogas e bebidas alcóolicas. É claro que ninguém vai para a balada só para dançar, como não vai só para beijar, mas que nunca seja só para beber, sacou? O bom mesmo é unir o útil ao agradável...
Você chega, mede o ambiente, mira um alvo, toma uma bebida que seja suficiente para você, vai para pista, dança, dança, dança...até que o alvo esbarra no seu ombro e como quem não quer nada, pede aquela desculpa esfarrapada, e basta para você conversar horas a fio, beijar muito na boca e ser feliz pela noite toda. Se rolar a troca de telefones você irá passar a semana inteira esperando o telefone tocar ou irá fazê-lo para não ter que esperar. Mas se foi só aquele momento e nada mais, você terá aprendido alguma coisa com aquele alguém, que usará na próxima balada.·
Hoje demos à palavra um novo sentido, que diga-se de passagem é bem mais interessante. A balada é uma etapa importante para a vida do jovem. Minha avó se não estivesse doente diria que estamos perversos: “Onde já se viu, essas meninas soltas pela rua, de madrugada, com sainhas curtinhas? E esses rapazes bebendo como mortos de sede no deserto?? Esse mundo está mesmo perdido...”
Balada dá a esperteza que precisamos para estarmos mergulhados neste mundo às avessas. O que seria de nós sem os beijos noturnos, sem os abraços quentes, sem as músicas estourando os tímpanos?
É na balada que descarregamos nossos cansaços, nossos desgostos, nossa falta de bom senso. Na madrugada fria nos aquecemos e na quente pegamos fogo. É o nosso momento mais jovem. Como o mundo está em constante transformação, estamos ganhando responsabilidades cada vez mais cedo, temos uma vida de pseudoadultos e não de jovens. Descontrair para nos tornarmos normais, para sermos jovens de fato.
Você já parou para observar como um jovem que não vai às baladas é um ser a parte do mundo? Ele simplesmente não pode ser considerado normal, deve ouvir Nelson Ned e Angela Maria e ler Sabrina antes de dormir. É o tipo de gente que vê gnomos e morre de medo de bruxas. É um ser quase sempre excluído, o laranja da turma, o zé-tontão. E a primeira balada de alguém assim é uma perdição. Eles querem beber de tudo, dançar com todo mundo e catar qualquer coisa, só para acordar dizendo que beijou na boca.
Estar na balada é bem mais do que sair para se divertir. É curtir os amigos, conhecer pessoas, esbarrar no amor, ser livre por um instante fazendo algo que agrade, deixar a música levar o corpo para um estágio de prazer. O que nunca pode faltar é alegria e responsabilidade. Um bom baladeiro tem direitos e deveres, e deve exigir e cumprir todos eles.·
Você não pode achar que a pista é um ringue e sair se achando o Popó, batendo em todo mundo. Deve ser responsável o bastante para curtir a noite com respeito a si próprio, preservando a sua vida antes do uso de drogas e bebidas alcóolicas. É claro que ninguém vai para a balada só para dançar, como não vai só para beijar, mas que nunca seja só para beber, sacou? O bom mesmo é unir o útil ao agradável...
Você chega, mede o ambiente, mira um alvo, toma uma bebida que seja suficiente para você, vai para pista, dança, dança, dança...até que o alvo esbarra no seu ombro e como quem não quer nada, pede aquela desculpa esfarrapada, e basta para você conversar horas a fio, beijar muito na boca e ser feliz pela noite toda. Se rolar a troca de telefones você irá passar a semana inteira esperando o telefone tocar ou irá fazê-lo para não ter que esperar. Mas se foi só aquele momento e nada mais, você terá aprendido alguma coisa com aquele alguém, que usará na próxima balada.·
Mas... e se eu não beijar ninguém? Confesso que acho bem melhor não beber nada, mas se você não beijar e daí? Virão outras baladas e um dia, quem sabe, você não esbarre em alguém que também precisa de companhia.·
Balada é refúgio do jovem, é a busca da felicidade que esteve oculta durante a dia todo.
E vamos às nossas definições mais simpes:
badalada sf. 1. Significa Música dançante tocando altamente, para turbinar o sangue. 2. Beijo na boca estilo filme (Pulp Fiction.). 3. Pop. Diversão garantida e prazeres vividos. 4. Adrenalina, corpo pegando fogo. 5. O básico, essencial.
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